DOENÇA DE PARKINSON

A doença de Parkinson é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns da idade adulta, tipicamente os sintomas se iniciam após os 50 anos de idade.

A maioria ocorre de maneira esporádica, cerca de 10% dos casos tem base genética.

Fisiopatologicamente é marcada pela degeneração dos neurônios dopaminérgicos levando a deficiência de dopamina no cérebro.

Sintomas da Doença de Parkinson

O sintoma principal e obrigatório na Doença de Parkinson é a bradicinesia que é a lentidão generalizada dos movimentos. Por isso quem tem a doença de Parkinson apresenta lentidão para andar, passos curtos, arrastam os pés, lentidão para movimentar os braços, dificuldade com movimentos finos como abotoar uma camisa, amarrar os cadarços, dificuldade com a escrita ( a letra fica pequena com o passar dos anos), perda da expressão facial e em casos mais avançados pode apresentar sialorréia (perda não intencional de saliva pela boca), dificuldade de deglutição, alteração da voz e até congelamento da marcha.

Além da bradicinesia pode apresentar rigidez nos membros e/ou tremores que dificultam ainda mais os movimentos e prejudicam a realizar tarefas do dia-a-dia.

A rigidez, além de também comprometer a capacidade de andar e movimentar braços e mãos,  pode acometer os músculos flexores da coluna e o paciente adquire a postura chamada camptocormia, semelhante a uma postura “corcunda”.

O tremor pode envolver mãos, braços, pernas, lábios, mandíbulas e menos comum a cabeça. 

O tremor, embora seja o sintoma que mais chame atenção, não é obrigatório na Doença de Parkinson. Existe uma forma da Doença de Parkinson que não causa tremor. 

E se acalme, nem todo tremor é Parkinson, portanto busque avaliação especializada para um diagnóstico correto.

Sintomas não motores da Doença de Parkinson

Além do comprometimento dos movimentos, a doença de Parkinson é acompanhada de outros sintomas chamados sintomas não motores que muitas das vezes podem passar despercebidos, mas que também estão relacionados com a doença de Parkinson, são eles:


– Disfunção cognitiva /demência

– Alterações psiquiátricas como depressão, ansiedade, alucinações e delírios

– Distúrbios do sono

– Constipação intestinal

– Hiposmia ( perda de olfato)

– Sensações dolorosas

– Dermatite seborréica

– Hipotensão postural

– Entre outras

Condições que “imitam” a doença de Parkinson:

Não é só a doença de Parkinson que causa sintomas de bradicinesia, rigidez e tremor, há um outro grupo de doenças, chamado de Parkinsonismo atípico que também compartilham deste mesmo sintomas, porém apresenta aLgumas particularidades, são elas:

– Doença de corpos de Lewy

– Atrofia de múltiplos sistemas

– Doença Corticobasal

– Paralisa Supranuclear Progressiva

Além disso, há outras condições que também imitam o Parkinson, como efeitos colaterais de algumas medicações, lesões no cérebro do tipo vascular, estrutural e até mesmo infecciosa, e ainda várias doenças genéticas.

É necessário uma avaliação cuidadosa para o diagnóstico correto já que existem vários quadros que podem se confundir com a Doença de Parkinson!

Fatores de risco para desenvolver a Doença de Parkinson:

– Idade avançada

– Sexo masculino

– Parente de primeiro grau portador de Doença de Parkinson

– Excesso de peso e síndrome metabólica

– Diabetes

– Histórico de traumantismo cranioencefálico

– Histórico de melanoma ou câncer de próstata

 

Fatores de proteção

– Atividade física regular

– Controle de comorbidades

– Ingestão regular de café / cafeína

Tratamento da Doença de Parkinson:

O tratamento da Doença de Parkinson é essencial para proporcionar qualidade de vida ao paciente, as medicações melhoram os sintomas de bradicinesia, rigidez e tremor permitindo maior mobilidade e autonomia.

Atualmente está disponível no mercado várias opções medicamentosas para a Doença de Parkinson, a escolha da medicação deve ser individualizada de acordo com os sintomas, tolerância, estágio da doença e presença de flutuações motoras e discinesias ( movimentos involuntários que pode aparecer com a evolução da doença).

Além disso o tratamento deve ser global buscando melhorar também os sintomas não motores da doença quando estes estão presentes.


————— Autoria: Dra. Renata Resende —————

Busque avaliação especializada para um diagnóstico e tratamento corretos.

Dra. Renata Marca

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